Impasse pode levar aeronautas à greve nesta sexta-feira
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O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos, co-pilotos e comissários de bordo, e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (funcionários que trabalham com a operação aérea no balcão de check-in, pista), decidem nesta quinta-feira (19) se irão começar uma greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (20) às 6h.
A decisão dos aeronautas será tomada em assembleias que serão realizadas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre às 13h30. A categoria acredita que, se houver paralisação, as chances de atrasos de voos e também de cancelamentos são grandes.
Entre as reinvindicações dos aeronautas estão um reajuste de 8% no salário da categoria, folgas regulamentares, plano de saúde e previdência privada.
Já os aeroviários também realizam assembleias em todo o País para decidirem sobre a paralisação. No último dia 11, as duas categorias se reuniram com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) para discutir as reivindicações.
Acordo
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Marcelo Ceriotti, se reuniu nesta quarta-feira (18), com representantes das empresas aéreas para buscar um acordo antes da deflagração da greve, já que não houve novas propostas em relação às demandas salariais da categoria.
As empresas aéreas, alegando dificuldades financeiras, oferecem reajuste de 5,6%. O encontro serviu para o debate sobre outras reivindicações, como melhor planejamento de escalas para os funcionários do setor.
Segundo o presidente do SNA, a proposta das empresas não representa ganho real para a categoria. O sindicato afirma ainda que assegura o cumprimento da legislação quanto à disponibilização de 20% do efetivo da categoria nos aeroportos durante o período de greve. A paralisação está prevista para as 6 horas da sexta-feira, quando há expectativa de grande movimento nos aeroportos do País.