Greves nos Correios, bancos e metalúrguicos: a CUT mudou?
Unidade Classista São Paulo
A eclosão de múltiplos movimentos grevistas neste segundo semestre de 2012, e muitos deles filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), cria a imagem que esta central “voltou aos bons tempos”. Será mesmo?
Como entender que a CUT junto com o sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo também proponham a negociação por local de trabalho de acordo com a lógica de que o combinado vale mais que a legislação trabalhista, que o contrato por categoria?
A luta econômica não significa, ainda que ameace a lucratividade das empresas, que os que a impulsionam visem educar as massas para a luta pelo socialismo. A luta reivindicatória se prende aos marcos do capitalismo que pode muito bem ‘conviver’ com alguma contestação desde que esta impulsione a luta emancipadora do proletariado na sua constituição de classe para si. Se a movimentação se restringir a ganhos salariais e aí ficarem, tudo bem, desde que as altas taxas de obtenção de mais-valia se mantenham altas, reparta-se as migalhas.
O sindicalismo de resultados precisa de resultados para sobreviver, senão como fazer o explorado concordar com a sua exploração?