Greve Unificada dos Servidores em Volta Redonda ganha força.
UC- por Ney Nunes
Em Volta Redonda duas leis municipais (3149/95 e 3250/95), aprovadas há dezesseis anos, deveriam corrigir as perdas salariais do funcionalismo público da cidade e estabelecer um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), mas os governantes que passaram pela Prefeitura, desde 1995, se recusaram a implementar o que a lei determinou.
Geralmente é assim, quando a lei beneficia minimamente os trabalhadores, é uma luta para conseguir sua aprovação e outra, ainda mais dura, para fazer valer esse direito. Os professores e demais funcionários de Volta Redonda conhecem bem essa realidade. Cansados das sucessivas promessas não cumpridas, a última do Prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) que durante sua campanha para reeleição garantiu cumprir o PCCS até 31/01/2013, o funcionalismo unificou sua luta e entrou em greve.
Professores e demais categorias unificadas completaram três semanas de paralisação, fazendo manifestações e passeatas no centro de Volta Redonda. Desgastado pelo movimento e por uma crise política que afeta sua base de apoio na Câmara Municipal, o Prefeito Neto tenta de todas as formas atacar o funcionalismo, se valendo da cumplicidade do Judiciário, que através de uma liminar quer obrigar 80% dos grevistas a voltar ao trabalho.
A Unidade Classista esteve presente na assembleia dessa terça-feira, 19/03,
manifestando seu apoio integral ao movimento dos funcionários de Volta Redonda, afirmando que: “A desculpa da falta de recursos não cola mais, porque o governo está enchendo os bolsos dos capitalistas com dinheiro público subsidiado através do BNDES, enquanto as necessidades básicas do povo trabalhador não são atendidas”.
A greve continua, Neto a culpa e sua!