Greve estoura nas Universidades Estaduais do Paraná

Andes

Os docentes das Universidades Estaduais do Paraná deflagraram greve por tempo indeterminado para pressionar o governo do estado a cumprir os acordos firmados, tanto em novembro de 2011 quanto março deste ano, com a categoria.

No ano passado, o governo do estado havia se comprometido com a categoria que enviaria à Assembléia Legislativa do Paraná (Alep) a proposta prevendo reajuste de 31,73%, equiparando os salários da carreira docente ao dos técnicos administrativos. No entanto, em fevereiro os docentes foram informados de que o compromisso não seria cumprido.

Em março, após um dia de paralisação e ameaça de greve por tempo indeterminado, o governo fechou novo acordo com os docentes, com o escalonamento do percentual em quatro parcelas, a primeira valendo a partir de outubro deste ano. O projeto seria encaminhado à Alep no início de maio. No entanto, ficou retido na Secretaria da Fazenda até o início de agosto, quando os docentes deliberaram pela greve como forma de pressionar o governador Beto Richa a enviar o projeto ao legislativo.

Segundo Cintia Xavier, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, nesta segunda-feira (20) o projeto foi protocolado na Assembléia e, tramitando em tempo recorde, foi aprovado na terça (21).

Apesar de finalmente ter dado encaminhamento ao acordo firmado, o governo perdeu credibilidade junto à categoria. “O fim da greve está condicionada à pressa do governo. Se o projeto for sancionado rapidamente a greve acabará rápido, caso contrário vamos permanecer em protesto o tempo que for necessário” explica Cintia.

Greve

A paralisação teve início na sexta-feira (17) na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Na terça (21), a greve foi deflagrada também nas estaduais de Maringá (UEM) e na do Oeste do Paraná (Unioeste). Na Universidade do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), a greve começa nesta quinta (23).