Greve dos operários da construção civil de Belém para 100% das obras

sticmb.com.br

Os trabalhadores da Construção Civil em greve, realizaram, na quarta-feira (4), terceiro dia de paralisação, mobilizações em obras da rua Augusto Montenegro, Tapanã, Doca e Mosqueiro.

Os operários paralisaram a obra do shopping Independência, da CMM Engenharia, na Avenida Independência, e da fábrica da empresa Natura, em Mosqueiro.

Os trabalhadores realizam uma assembleia pela manhã em frente ao Sticmb (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Belém). Após a assembleia, três mil trabalhadores saíram em passeata rumo a Câmara de Vereadores de Belém (CMB). Na Câmara, os trabalhadores solicitaram aos vereadores que chamassem os patrões para sentar-se à mesa de negociação.

O vereador e operário Cleber Rabelo (PSTU-PA) fez um pronunciamento no plenário da CMB cobrando dos patrões que voltassem a negociar. Rabelo reuniu-se com a direção da Câmara e ficou acordado que nesta quinta-feira (5), ocorrerá uma reunião entre o sindicato dos trabalhadores, o Sinduscon, e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Queiroz.

Com a adesão das obras do Shopping Independência, da UFPA e da fábrica da Natura, em Mosqueiro, a greve chega 100% de adesão.

Nesta quinta, haverá assembleia pela manhã no Sticmb e logo em seguida os trabalhadores sairão novamente em passeata com destino a Câmara de Belém.

Estopim para a greve

Os operários decidiram entrar em greve pelo falta de avanço nas negociações, principalmente das cláusulas sociais, o que inclui a cesta básica para a categoria.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão 10% de reajuste salarial; cesta básica e lutam por uma política de classificação das mulheres operárias.

Campanha Salarial unificada

Participaram da mesa de negociação os sindicatos de trabalhadores da construção civil de Belém, Anananindeua e Marituba. Juntas, essas entidades representam 35 mil operários.

Quarto dia de Greve: Patrões recusam mais uma vez negociar

Os empresários da construção civil não tem limites para a intransigência.

Durante o 4º dia de greve (quinta 5), mesmo com o pedido feito pela Câmara Municipal dos Vereadores de Belém para iniciar um dialogo com o comando de greve, se recusaram a negociar as pautas de reivindicações.

O requerimento aprovado de solidariedade a greve e de abertura de negociação foram de autoria do vereador Cléber Rabelo foi aprovados por unanimidade.

Ficou comprovado de uma vez por todas que os trabalhadores se mantém em greve por negligencia da patronal.

Em uma forte assembleia no final da manhã, ficou aprovado a continuidade da greve com 100% de obras paradas nos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel e São Miguel do Guamá.

A Greve Continua!