Entidades sindicais convocam greve geral contra medidas econômicas para esta sexta-feira (18)

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Entidades sindicais italianas estão convocando uma greve geral para amanhã (18) contra as medidas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Européia que, em nome da estabilidade monetária, impõem a retirada de direitos sociais e trabalhistas à população.

As entidades que convocam essa greve são CUB, USB, SI.COBAS, CONF. COBAS, USI, SNATER,

OR.S.A. Scuola Università e Ricerca, Sindicato SIAE e Unicobas.

A greve geral reivindica que os governos atuem a serviço dos trabalhadores, contra as privatizações e em defesa do setor público.

Naquele país, o sistema público de pensões foi desmontado e abriu o caminho para os fundos de pensão privados. O mesmo ocorreu com a saúde pública que está sucateada e é substituída pelos serviços privados.

A precarização do mercado de trabalho resultou em uma redução dos direitos de todos os trabalhadores (públicos e privados) e as políticas restritivas de imigração produziram condições de escravidão aos trabalhadores imigrantes em muitas áreas.

O FMI e o BCE impuseram regras, sob o falso argumento de uma ‘estabilidade monetária’, que só beneficiam os bancos e as empresas, enquanto os trabalhadores passam por necessidades.

Os trabalhadores que paralisam suas atividades neste dia 18 na Itália exigem um plano nacional sério que seja baseado nas necessidades sociais da população:

Contra qualquer forma de insegurança econômica e social;

Pelo renascimento de uma administração pública qualificada voltada para os cidadãos, independente dos potentados econômicos e políticos;

Pela liberação dos contratos públicos de emprego e uma verdadeira renovação dos contratos do setor privado;

Por reais aumentos de salários e pensões que sejam adequadas para suportar uma vida digna aos trabalhadores e aposentados;

Pela nacionalização de empresas estratégicas;

Contra a privatização de serviços públicos para sonegadores de impostos e a redução da carga fiscal para os trabalhadores, servidores públicos e os setores mais empobrecidos da população;

Pela defesa das escolas e universidades, da pesquisa e da segurança pública;

Pela regularização geral de todos os migrantes e a abolição da lei Bossi Fini, que impõe a extradição de Imigrantes ao país de origem e pena de prisão em casa de reincidência;

Pela democracia no local de trabalho.