Editorial Surgente: Dilma a serviço do capital internacional. Quem diria!

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O 11º leilão vai ser realizado no hotel Royal, em São Conrado, no Rio. Ao invés da resistência popular, o governo Dilma estende tapete vermelho aos saqueadores de nossas reservas naturais

A Europa e os Estados Unidos, em estado falimentar, se voltam para o Brasil. Só não faliram em 2008, na crise financeira internacional, por conta da emissão do dinheiro sem lastro, ou papel pintado. Agora que estamos em uma melhor situação, o governo Dilma oferece aos nossos colonizadores de sempre o nosso principal ativo, o petróleo. Essa trama contra a nação brasileira precisa, para ser perpetrada, de um governo forte e de um partido igualmente poderoso. Tanto isso é verdade que o governo de Fernando Collor, que iniciou a entrega de nosso patrimônio público, foi defenestrado. Fernando Henrique Cardoso não conseguiu todo seu intento, principalmente privatizar a Petrobrás.

Além do petróleo, Dilma pretende entregar quase toda a logística que envolve a indústria do petróleo no país, refinaria e terminais. Um dos grandes beneficiários dessa tramóia é o mega empresário Eike Batista, que muitos acreditam ser testa de ferro do capital internacional. Grande financiador de campanhas partidárias, Eike é o grande parceiro de vários partidos. No Rio de Janeiro, os governos do PMDB de Sergio Cabral e do prefeito Eduardo Paes já entregaram, a Eike, o Maracanã, Hotel Glória, Marina da Glória etc. O governo federal já “vendeu” a Eike 40% do campo gigante BS 04 da bacia de Santos como concedeu também o porto de Açu que deveria ser da Transpetro, 100% Petrobrás.

O poder de Eike é tamanho que a Diretora-Geral da ANP, Magda Chambriard, afastou dois funcionários de suas funções por ter multado a empresa OGX de Eike, multa essa logo depois perdoada. A principal função da ANP é a de fiscalizar o setor petróleo. E ainda, de forma contraditória e descabida, a diretora Magda sai publicamente em defesa de Eike que se diz em dificuldade financeira. As principais guerras contemporâneas no mundo têm como pano de fundo o petróleo. No Brasil, o governo Dilma vai leiloar 30 bilhões de barris de petróleo, nos dias 14 e 15 de maio, mais que o dobro das reservas descobertas e acumuladas pela Petrobrás em 59 anos. As reservas reconhecidas da Petrobrás são de 14 bi de barris, sem o pré-sal. Mas a presidente Dilma já marcou para novembro o leilão do pré-sal, além de preparar a entrega através do desinvestimento a logística da Petrobrás (terminais e refinarias).

O 11º leilão vai ser realizado no hotel Royal, em São Conrado, no Rio. Ao invés da resistência popular, o governo Dilma estende tapete vermelho aos saqueadores de nossas reservas naturais, que, diga-se de passagem, não se renovam. Provavelmente para que não haja o despertar do nacionalismo, Dilma desonerou de impostos a mídia em R$ 1,4 bi, e com esse cala boca é provável que não haja nenhum debate, nem contra nem a favor da posição do governo em relação ao petróleo. Segundo denúncia do Wikileaks, interceptando documento da Embaixada de Washington: “… não pode haver debate sobre o petróleo para não despertar o nacionalismo dos brasileiros…”.

Segundo o economista ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, no filme “ O petróleo tem que ser nosso – A última Fronteira: “não existe moeda mais forte no mundo que o petróleo”. As guerras no mundo contemporâneas provam a tese de Lessa. Só Dilma e os partidos da base do governo não entendem!