Dia do servidor público

Hoje, Dia do Servidor, temos que refletir:

Quem são os responsáveis por TODOS os serviços públicos dessa cidade? Quem realiza de fato TODO o trabalho da Prefeitura?

Somos nós, os trabalhadores, aqueles que tudo produzem, mas não recebem de volta o que deveria, nem em reconhecimento, muito menos em salário.

Assim como na esfera privada, nós trabalhadores somos os únicos responsáveis pela produção e prestação de serviços. Mas…

se a classe operária tudo produz, porque não a ela tudo pertence?

*

Nossa sociedade é dividida em classes antagônicas. Uma possui os meios de produção (terras, máquinas, fábricas, matéria prima, tecnologia…), enquanto a outra possui a força do trabalho. A primeira se beneficia de quase tudo o que a segunda produz. Para se ter uma pequena ideia,a riqueza de 1% da população mundial irá ultrapassar a dos outros 99% até 2016.

História em Quadrinhos do André Dahmer

E

porque os trabalhadores, que são a maioria absoluta da população, deixam isso acontecer?

Muitos fatores determinam para o apassivamento da classe trabalhadora*, porém,

quando a mesma consegue se organizar minimamente, conquista inúmeras melhorias nas condições de trabalho, salário e direitos. Por isso, todo trabalhador deve se organizar, se filiar ao seu sindicato e participar das mobilizações de sua categoria.A classe trabalhadora só será livre quando perder a paciência de vez. Fiquemos agora com o poema de Mauro Iasi sobre isso:

“Quando os trabalhadores perderem a paciência”

As pessoas comerão três vezes ao dia

E passearão de mãos dadas ao entardecer

A vida será livre e não a concorrência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

Certas pessoas perderão seus cargos e empregos

O trabalho deixará de ser um meio de vida

As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

O mundo não terá fronteiras

Nem estados, nem militares para proteger estados

Nem estados para proteger militares prepotências

Quando os trabalhadores perderem a paciência

A pele será carícia e o corpo delícia

E os namorados farão amor não mercantil

Enquanto é a fome que vai virar indecência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

Não terá governo nem direito sem justiça

Nem juízes, nem doutores em sapiência

Nem padres, nem excelências

Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca

Sem que o humano se oculte na aparência

A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

Quando os trabalhadores perderem a paciência

Depois de dez anos sem uso, por pura obsolescência

A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:

“declaro vaga a presidência”!

*

Essas não são perguntas simples de responder, apenas um texto não daria conta. Para se ter uma ideia, o curso de formação

“Como funciona a sociedade?”

dura dois dias, em dois períodos, para investigar as raízes dessas questões. O sindicato organiza esse curso de tempos em tempos, se inscreva no próximo.

Extraído de

http://sindservsantos.org.br/noticia.php?cd_materia=2255