Dia do servidor público
Hoje, Dia do Servidor, temos que refletir:
Quem são os responsáveis por TODOS os serviços públicos dessa cidade? Quem realiza de fato TODO o trabalho da Prefeitura?
Somos nós, os trabalhadores, aqueles que tudo produzem, mas não recebem de volta o que deveria, nem em reconhecimento, muito menos em salário.
Assim como na esfera privada, nós trabalhadores somos os únicos responsáveis pela produção e prestação de serviços. Mas…
se a classe operária tudo produz, porque não a ela tudo pertence?
Nossa sociedade é dividida em classes antagônicas. Uma possui os meios de produção (terras, máquinas, fábricas, matéria prima, tecnologia…), enquanto a outra possui a força do trabalho. A primeira se beneficia de quase tudo o que a segunda produz. Para se ter uma pequena ideia,a riqueza de 1% da população mundial irá ultrapassar a dos outros 99% até 2016.
E
porque os trabalhadores, que são a maioria absoluta da população, deixam isso acontecer?
Muitos fatores determinam para o apassivamento da classe trabalhadora*, porém,
quando a mesma consegue se organizar minimamente, conquista inúmeras melhorias nas condições de trabalho, salário e direitos. Por isso, todo trabalhador deve se organizar, se filiar ao seu sindicato e participar das mobilizações de sua categoria.A classe trabalhadora só será livre quando perder a paciência de vez. Fiquemos agora com o poema de Mauro Iasi sobre isso:
“Quando os trabalhadores perderem a paciência”
As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência
A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juízes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências
Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obsolescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
“declaro vaga a presidência”!
Essas não são perguntas simples de responder, apenas um texto não daria conta. Para se ter uma ideia, o curso de formação
“Como funciona a sociedade?”
dura dois dias, em dois períodos, para investigar as raízes dessas questões. O sindicato organiza esse curso de tempos em tempos, se inscreva no próximo.
Extraído de
http://sindservsantos.org.br/noticia.php?cd_materia=2255