Desemprego juvenil já é ‘crítico’ no G-20, diz OIT

O Globo

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) classificou de “crítica” a situação do desemprego juvenil nos 17 países do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), que disponibilizam seus dados. Segundo relatório divulgado ontem pela entidade após reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego da organização, em Genebra, no dia 2, mais de 17,7 milhões de jovens entre 15 e 25 anos estão sem emprego nesses países, ou 8,5% da população deles.

Os dados disponíveis do primeiro semestre de 2012 mostraram que a média de desemprego ficou em 16,1% no bloco, 1,3 ponto percentual acima da média de 2006 a 2008.

Recuo apenas em EUA e México

O Brasil está no grupo de países com desemprego juvenil considerado moderado (de 14 a 19%), ao lado de EUA, Argentina, Canadá, Rússia e Turquia. As menores taxas são de Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, Japão e México (de 8 a 11%). Já as mais preocupantes estão nas endividadas Itália e Espanha, além da África do Sul (de 35 a 52%). França, Indonésia e Reino Unido têm nível tido como alto (de 21 a 23%). Fora da análise, estão Índia, China e Arábia Saudita. Na comparação do primeiro semestre de 2012 com o de 2011, apenas em México e EUA houve declínio no desemprego juvenil.

Para a OIT, a persistência da crise do emprego, maior entre os jovens, é um dos maiores problemas do G-20 hoje:

“Sejamos realistas: sabemos que as perspectivas no mercado laboral não são brilhantes. Sabemos que, quando os números do emprego em geral são negativos, a situação do emprego juvenil é ainda pior. Devemos encontrar novos enfoques”, disse, em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.