Desemprego em setembro ficou em 5,4%

O Globo

A despeito da economia mais fraca, o mercado de trabalho brasileiro resiste. E, assim, a taxa de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 5,4% no mês passado – a menor para um mês de setembro de toda a série da Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE, iniciada em 2002. E isso mesmo com uma ligeira alta frente a agosto, que registrou taxa de desocupação de 5,3%. Já frente a setembro de 2011, houve redução do indicador, que chegou a 6%. Para especialistas, a leitura dos números aponta um mercado de trabalho ainda aquecido, porém, estável.

– O nível da ocupação não perde força. O que se nota é uma estabilidade no mercado de trabalho. É um resultado que já poderia mostrar preparação dos setores para o fim do ano, mas isso não aparece na pesquisa – disse o coordenador das pesquisas de emprego do IBGE, Cimar Azeredo.

Em São Paulo – que representa 40% da taxa do IBGE -, a taxa de desemprego subiu de 5,8% em agosto para 6,5% em setembro. O aumento é considerado expressivo, na avaliação de Azeredo. Ainda assim, 9,6 milhões formam o contingente de ocupados da maior região metropolitana do país.

“A tendência de elevação da taxa em São Paulo pelo terceiro mês consecutivo reforça o cenário de estabilização da taxa de desemprego até o fim do ano, com ligeira piora na margem, mas ainda em patamar historicamente baixo”, registrou relatório da Rosenberg Consultores Associados.

Rendimento subiu só 0,1%

Outras regiões veem quedas na taxa de desocupação. O Rio de Janeiro registrou sua menor taxa de desemprego, de 4,4%.

– Em Salvador e no Rio, as taxas atingem os menores níveis desde 2002, com respectivamente, de 6,2% e 4,4%. A taxa de desocupação vem caindo ao longo de 2012, com aumento no nível da ocupação. No Rio, portanto, houve geração de vagas – disse Azeredo.

A PME mostrou ainda que o rendimento médio do brasileiro subiu 0,1%, entre agosto e setembro, passando de R$ 1.768,89 para R$ 1.771,20. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a renda do trabalhador cresceu 4,3%.