Depois da greve de 24 horas, Sindipetro-RJ adverte direção da Petrobrás:’Não vamos recuar’
Sindpetro-RJ
O trancaço realizado no Rio de Janeiro, na hora do almoço desta segunda-feira (28), na porta do Edifício Torre Almirante, foi uma sinalização da indignação dos petroleiros com a proposta de PLR apresentada pela Petrobrás. Os portões do Edita ficaram fechados pelo piquete de greve por volta de uma hora e meia.
Ainda no Rio de Janeiro, os trabalhadores do CENPES e do TABG cortaram a rendição dos turnos e atrasaram em duas horas o início do expediente. No Edise, edifício-sede da companhia, houve trancaço.
– A mobilização foi boa em nível nacional. Destacamos que essa é uma greve de advertência. E se a direção da empresa se mantiver intransigente e não abrir para negociação, vamos organizar uma greve por tempo indeterminada, com parada de produção. A categoria não vai recuar – adverte Emanuel Cancella, coordenador do Sindipetro-RJ e da FNP.
Entenda a construção da greve nacional e unificada dos petroleiros
A proposta de PLR apresentada pela empresa é mais de 50% inferior ao montante que foi distribuído no adiantamento da PLR 2011. A Petrobrás justifica a diminuição da PLR alegando redução dos lucros da empresa no terceiro trimestre. Os sindicatos questionam que o montante destinado aos acionistas e gerentes é muito mais alto e que é plenamente possível garantir rendimentos justos para os trabalhadores.
Enquanto a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) luta pela PLR máxima e linear, ou seja, 25% dos dividendos pagos aos acionistas, conforme prevê a resolução CCE n° 010, de 30 de maio de 1995 – bandeira defendida historicamente pela categoria -, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) reivindica que a Petrobrás apresente uma política de regramento, com critérios e parâmetros para negociação de metas da PLR.