Cresce adesão à greve dos bancários
Valor Econômico
A adesão à greve nacional dos bancários aumentou no segundo dia de paralisações, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). De acordo com a entidade, os trabalhadores cruzaram os braços em 7.324 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o país, de um total de 21.714 monitorados, o que representa 33,7% desse total. No primeiro dia de greve, os bancários fecharam 24% das agências (5.132).
A Contraf negocia por mais de 500 mil bancários em todo o país. A categoria, cuja data-base é em 1° de setembro, pede um reajuste salarial de 10,25%, o que representria um ganho real de 5%, ante a inflação acumulada de 5,39% nos doze meses anteriores à data-base. A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 6% de reajuste salarial aos trabalhadores, o que representa 0,58% de aumento real.
“Esperamos que a Fenaban rompa o silêncio, marque nova negociação e apresente uma proposta decente para levarmos às assembleias. Caso contrário, a greve continuará e poderá entrar na próxima semana”, diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf. A posição da Fenaban é que cabe aos bancários apresentar alterações na proposta enviada pelos bancos, mas que o índice de reajuste pedido é “irreal”, segundo Magnus Apostólico, diretor de relações do trabalho da entidade.