Contra lay-off na General Motors, estabilidade e redução da jornada

sindmetalsjc.org.br

Suspensão de contrato de trabalho é desnecessária,

já que não houve queda de produção

A General Motors comunicou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e trabalhadores de que pretende se utilizar do sistema de lay-off (suspensão do contrato de trabalho) na fábrica local. A medida não se sustenta em qualquer justificativa. Ao contrário das fábricas de Gravataí e São Caetano do Sul, que tiveram queda de produção este ano, a planta de São José dos Campos segue em ritmo normal.

O Sindicato é contrário ao lay-off e defende a estabilidade no emprego e a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salário como forma de garantir a manutenção dos postos de trabalho. Para a implantação do lay-off, a empresa tem de ter a concordância do Sindicato.

A GM quer se utilizar do mesmo instrumento que já está sendo usado pela Scania, Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford e Peugeot. Em agosto de 2012, a própria GM colocou 940 trabalhadores em lay-off, o que resultou em 598 demissões.

Em ofício protocolado na quinta-feira, dia 24, o Sindicato cobrou da GM estabilidade no emprego, redução da jornada e cumprimento dos acordos coletivos que preveem um total de R$ 3 bilhões em investimentos na fábrica de São José dos Campos.

Vale ressaltar que no dia 1º de julho, o diretor da GM e presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciaram a renovação do acordo de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para veículos, em troca da manutenção dos empregos nas montadoras.

Diante disso, o Sindicato reafirma que o lay-off é desnecessário e que o governo federal tem a obrigação de editar uma medida provisória garantindo a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores de montadoras do país.

Neste momento, os metalúrgicos estão em campanha salarial e reivindicam 12,98% de reajuste.