Contra ameaça de demissões aos grevistas da educação no Rio, todos ao ato do Dia do Mestre

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No dia 7 de outubro mais de 50 mil pessoas foram às ruas no centro do Rio de Janeiro em solidariedade aos professores e funcionários das escolas estaduais, da FAETEC e do município do Rio de Janeiro que estão em greve. Uma manifestação que entrou para história da classe trabalhadora do país.

Colocar 50 mil pessoas nas ruas não é algo fácil, principalmente quando não se pode contar com a maior central sindical do país, a CUT. Esta e outras centrais apoiaram as eleições de Eduardo Paes e Sergio Cabral. Mesmo assim, até em São Paulo, houve ato em solidariedade. Poucas categorias têm o respeito de todos os trabalhadores como a dos profissionais de educação.

Paes e Cabral não contavam que o espancamento covarde de professores e funcionários, ao invés de calar sua voz, levasse o Brasil e vários outros países a repudiar a desnecessária violência cometida por seus agentes “de segurança”. Verdadeiros assassinos, com único objetivo de defender a propriedade privada dos ricos e poderosos.

Ao final da passeata, a vedete para os meios de comunicação não foram as crianças, os jovens, os aposentados, enfim a solidariedade que somou 50 mil pessoas no centro do Rio. A vedete foi a cara de 28 bancos quebrados pela ação de “vândalos” e um ônibus incendiado.

Na preparação das atividades do Dia do Mestre, 15/10, em defesa da educação pública, os jornais, que apoiaram as torturas e mortes nos porões da ditadura, destacam a notícia da demissão de 400 grevistas das escolas estaduais. Uma clara demonstração de divisão de tarefas com os governos que tentam, por meio da coação e ameaças, esvaziar a manifestação convocada para este dia.

Convocamos todos os trabalhadores e todos os movimentos sociais a participarem do Ato do Dia do Mestre. Ato em defesa da educação, contra todas as retaliações, punições e violências dos governos à greve da educação do Rio de Janeiro.

Fazemos um chamado público às demais centrais, entidades e movimentos a se colocarem nesta luta em solidariedade de classe, apoio político, apoio financeiro contra os ataques do governador e do prefeito do Rio de Janeiro. Todos e todas exijam a abertura de negociação, o atendimento das reivindicações da categoria, o fim das ameaças de demissão e retaliações aos grevistas.

A luta da educação fortalece nossa mobilização contra os leilões do petróleo e podem construir a unidade necessária para conquistarmos uma sociedade melhor. Estas lutas podem unificar as campanhas salariais, as lutas por terra, por moradia e contra as opressões. A unidade de todos os lutadores pode rechaçar todas as punições, as ameaças aos lutadores, criar as condições para barrar a entrega da maior jazida de petróleo e pavimentar a via para uma sociedade socialista.