Com crise de Eike e obras em porto lentas, cidade do RJ perde empregos

g1

Trabalhadores da construção do Porto fecham estrada

em manifestação (29/03/2013)

Com crise de Eike e obras em porto lentas, cidade do RJ perde empregos. No 1º semestre de 2013 cidade perdeu 1.332 postos formais de trabalho. Secretário de Fazenda diz que em março de 2014 empregos voltarão.

Dados do IBGE apontam que São João da Barra, no Norte Fluminense, perdeu 1.332 postos formais de janeiro a agosto de 2013, quase 1/6 dos empregos formais do município. Isso se deve à desaceleração da constução do Complexo Portuário do Açu com o declínio das ações do Grupo EBX. Mesmo com os índices negativos do primeiro semestre, o secretário municpal de Fazenda, Ranulfo Vidigal, está otimista.

“Temos uma projeção de que a gente tenha não menos que 30 mil empregos no horizonte de 10 anos. Nós perdemos mil em um universo de 10 mil que foram criados. Muitas pessoas voltaram para suas bases. O que o município perdeu foi a demanda de serviços destas pessoas. Nos últimos 12 meses, essa demanda desabou. Os empregos deixaram de existir, é verdade. Mas ainda existem hoje algo como 6 a 7 mil. Na minha previsão, esta perda é temporária. Um contrato entre a OSX e a Mendes Júnior voltará a trazer empregos a partir de março”, disse o secretário.

Através de nota, a OSX informou que em maio deste ano divulgou o seu Novo Plano de Negócios, em função da alteração da carteira de contratos, que resultou no que a empresa chama de faseamento das obras de implantação do estaleiro do Açu.

Desde então, as obras do estaleiro estiveram concentradas na conclusão dos investimentos na Fase 1 da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN), composta pelo desenvolvimento da subestação elétrica principal, criação de 400 metros de cais acostável, retroárea de montagem industrial, estação de tratamento de água e esgoto, além de outras facilidades industriais necessárias ao cumprimento dos contratos da atual carteira de negócios. Segundo a empresa, este faseamento demandou uma adequação e ajuste no quadro de profissionais a serviço do estaleiro, com desmobilização de algumas frentes de trabalho.

Em 2011, o município ocupou a 18ª posição no ranking de emprego e renda feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Atualmente a cidade ocupa o 34º lugar.