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Campesina é condenada a prisão e pagamento de multa para mineradora Yanacocha - Unidade Classista

Campesina é condenada a prisão e pagamento de multa para mineradora Yanacocha

adital.com.br

A peruana Máxima Chaupe e sua família enfrentam, desde 2011, uma dura queda de braço com a mineradora Yanacocha, responsável pelo controverso projeto Conga, no Peru. Há três anos, a empresa decidiu processar Máxima pelo crime de usurpação de terras. No início deste mês, foi divulgada a sentença. Além de ser obrigada a pagar 1.900 dólares de reparação civil à Yanacocha, Máxima e sua família foram punidos com dois anos e oito meses de reclusão.

Em agosto de 2011, o promotor de Celendín formalizou a denuncia contra a campesina. Durante o processo penal, Máxima foi condenada em primeira instância, mas a Sala Penal da Corte Superior de Cajamarca anulou a sentença. O expediente voltou para as mãos do juiz unipessoal de Celedín e teve início um novo capítulo do processo judicial da luta pelas terras, que culminou com a sentença, divulgada no último dia 05 de agosto.

As terras em questão estão localizadas em Tragadero Grande e somam cerca de 30 hectares. Elas fazem parte da zona de influência do projeto minerador Conga. Os lotes foram adquiridos por Máxima e sua família no ano de 1994, quando a comunidade de Sorochuco dividiu suas terras. Ela assegura que possui um certificado de posse entregue após a compra e, desde então, mora no local com o esposo e quatro filhos.

Alegando ter comprado as mesmas terras, em 1996 e 1997, de integrantes da comunidade de Sorochuco, em maio de 2011, a mineradora Yanacocha tentou tirar a família à força pela primeira vez. Em agosto do mesmo ano, a empresa tornou a assediá-los para que saíssem e, dessa vez, com o apoio da Direção Nacional de Operações Especiais (Dinoes), que é a unidade de elite da polícia nacional do Peru.

Mirtha Vásquez, advogada de Máxima, já recorreu à sentença condenatória. A advogada apontou que, durante julgamento, a mineradora não conseguiu comprovar ser dona da terra. Além disso, em juízo, foi reconhecida a existência de construções antigas e de cultivos pertencentes à família Chaupe nas terras. Mirtha também esclareceu que a versão de que Máxima e sua família invadiram as terras de forma violenta, deixando 20 policiais feridos, não se sustenta.

Existe um temor pela vida, segurança e integridade da família, pois, durante a última invasão, com a participação de integrante do Dinoes, todos foram agredidos. Ghilda Chaupe e Máxima foram deixadas inconscientes. Hoje, Máxima vive isolada e com medo de que a polícia e trabalhadores da Yanacocha invadam e destruam sua casa e seus cultivos novamente. Recentemente, recebeu ameaças de morte por telefone e os próprios vizinhos, que são apoiadores da empresa, ameaçam a campesina.

Solidários à luta da família para conseguir assegurar a posse de suas terras, organizações peruanas estão agindo. O Observatório de Conflitos Mineiros vem denunciando a situação e pede que se faça justiça e proteja o direito dos reais donos da terra. Já a Rede ULAM está apoiando a família com um abaixo-assinado e uma petição online, que serão entregue às autoridades peruanas a fim de demandas respeito aos direitos humanos desta família.