Campanha Salarial: Breve análise
sindservsantos.org.br
Governo Paulo Alexandre: Economia nas costas
dos servidores com novas manobras de poder
Analisar as nossas campanhas salariais em detalhes não é tarefa fácil e exige a produção de extensos textos esmiuçando os diversos aspectos do processo. Sendo assim, aqui apresentamos apenas os pontos da campanha desse ano (fevereiro 2014) que consideramos cruciais para nossa reflexão como categoria e como classe trabalhadora (classe assalariada).
O comportamento do Prefeito (o “patrão”)
Paulo Alexandre e seu estafe seguiram a cartilha clássica de todos os patrões. Isto é, muita sedução tentando desmobilizar a categoria, muita choradeira como afirmação de falta de dinheiro no orçamento e, para finalizar, atropelo e repressão.
O mês de fevereiro começou com a discurseira do representante do prefeito falando em 6% como um índice “maravilhoso”, único possível e que já seria pago em fevereiro, tentando convencer os servidores a ficarem quietos e aceitarem o índice rebaixado. Depois de a categoria rejeitar categoricamente a proposta e na tentativa de desmobilizar ato já marcado, passaram o índice de 6% para 7,5%. Ao mesmo tempo, espalharam por todos os meios – inclusive pelo Diário Oficial – que qualquer coisa diferente de 7,5% resultaria na falência da PMS.
Em seguida o prefeito articulou a máquina para atropelar a categoria: Juntou parte da mídia para confundir os servidores, convocou o sindicato pelego para dar o álibi da concordância e aprovação, os vereadores do “sim senhor” e o comando da guarda para fazer o escudo na Câmara. Assim, enterraram a campanha deste ano. Como já dissemos inúmeras vezes, no final do ano sobrará dinheiro, mas ai… o gato comeu!
O comportamento da Categoria
Nossa categoria, como nas campanhas salariais anteriores, apresentou comportamentos distintos. Uma parte considerável já entendeu que as melhorias só se concretizam se tiver sua própria participação. Mas outra parte, também considerável, ainda está ausente nas assembleias e nas outras atividades da campanha salarial.
Pensa que reajuste é um merecimento – eu trabalho, portanto mereço o reajuste do meu salário. Acha que todos, menos o próprio servidor, tem que tomar alguma atitude para que o salário seja reajustado. Ou seja: Prefeito, vereador, sindicato, o colega do lado, o síndico do prédio, Jesus Cristo, o Fundo Monetário Internacional, todos (ou alguém) tem que viabilizar o reajuste do meu salário, menos eu mesmo. Todos, além de mim, são responsáveis!
Já a parte da categoria que já possui consciência de seu próprio poder, esses são de tirar o chapéu! Porque são de uma qualidade especial. Um grande número de colegas ajuda a divulgar os eventos da campanha salarial, vão às assembleias, participam animadamente das manifestações, mostram um enorme grau de solidariedade e de empenho para conquistar um reajuste salarial decente para todos. Não se intimidam e enfrentam os representantes do poder, tanto na PMS quanto na Câmara dos Vereadores. É graças a esse comportamento de prontidão e altruísmo que nossa categoria tem barrado perdas de direitos e, em muitas campanhas, tem pressionado os prefeitos de plantão para manter o poder de compra dos salários de todos.
O comportamento da diretoria do Sindicato
Diferente da pelegada do outro sindicato, fizemos tudo que estava ao nosso alcance para unir a categoria e arrancar um reajuste digno. Aliás, fazemos isso há 9 anos, desde o início da nossa primeira gestão a frente do SINDSERV.
Dentro dos limites de braços que temos – 7 diretores liberados, que além de percorrer as centenas de locais de trabalho da PMS, ainda atendem dezenas de outras demandas da categoria (individuais e coletivas) dentro do sindicato – realizamos nessa campanha salarial uma comunicação abrangente (jornais, emails, torpedos, editais, telefonemas, além do “olho no olho” nos locais de trabalho) bem como promovemos atividades conjuntas para pressionar, questionar, denunciar a choradeira e o descompromisso do Prefeito e do seu grupo em relação às perdas que acumulamos e aos reajustes insuficientes que tivemos.