Bancos privados aceleram o ritmo das demissões

avantebancario

Milhares de bancários perderam o emprego em 2012

A política de alta rotatividade de mão-de-obra, que sempre foi praxe nos bancos privados, foi intensificada no ano de 2012. Apesar dos lucros astronômicos dos quatro maiores bancos (43,49 Bilhões), o ritmo das demissões aumentou causando desespero entre os bancários. Os cinco maiores bancos privados do Brasil (Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e Citibank) eliminaram cerca de sete mil postos de trabalho, em 2012, isto é, entre demissões e contratações o saldo ficou negativo. Só no Rio de janeiro, o Bradesco demitiu 28 gerentes no final do ano passado. O Santander, sozinho, demitiu mais de 3000 funcionários, e continua demitindo em 2013. O lado mais perverso desta política de alta rotatividade dos bancos privados é a substituição de funcionários com muitos anos de “casa” e com idade superior a 35 anos, por funcionários mais jovens e com salário muito inferior ao dos demitidos.

Demissões se intensificam após

as campanhas salariais

A utilização do recurso da demissão de funcionários para enxugar a folha de pagamento tem sido uma alternativa dos banqueiros para compensarem o

mísero reajuste salarial determinado pelo acordo coletivo. A história tem

se repetido: mal termina a campanha salarial e os bancos começam a divulgar as listas dos demitidos.

Ao fechamento de cada campanha salarial a direção da CONTRAF-CUT, que também dirige o nosso sindicato, vem a público comemorar o avanço irrisório diante da proposta inicial da FENABAN, mas se esquece de mencionar que os banqueiros continuam demitido em massa os seus funcionários para contratar novos pagando o piso da categoria.

Já passou da hora do nosso sindicato iniciar uma campanha de verdade pela estabilidade no emprego para todos os bancários. Não é possível assistirmos todos anos a mesma história trágica sem que haja uma ação concreta da nossa entidade representativa para barrar estas demissões. Até o presente momento, depois destas milhares de demissões, o nosso sindicato não convocou nenhuma assembléia para chamar os bancários a discutirem formas de barrar e reverter as demissões. A categoria precisa se manifestar e tomar as rédeas desta luta.

Campanha pela garantia no emprego já

Precisamos adotar como principal reivindicação da categoria nas campanhas salariais a garantia emprego, caso contrário, qualquer pequena vitória conseguida não significará nada, pois os banqueiros vão recuperar com juros e correção monetária, demitindo em massa e aumentando absurdamente a exploração dos que ficaram. É assim que tem sido.

Só conquistaremos a garantia no emprego se

houver uma participação ativa dos bancários

na próxima campanha salarial, organizando a luta em cada agência e região da cidade.

Greve de

mentirinha não garante conquista de verdade!

Assembléia já !!! Organizar a luta contra as de demissões!!!

Campanha Salarial 2013: Garantia no Emprego é prioridade !