Bancários deflagram greve nesta terça

Os bancários fazem assembleias em todo o país nesta segunda-feira 17 para organizar a greve nacional por tempo indeterminado a partir da terça-feira 18, se a Fenaban não apresentar proposta que contemple as reivindicações da categoria sobre remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

Os bancários rejeitaram a proposta dos banqueiros de 6% de reajuste (0,58% de aumento real) nas assembleias realizadas na quarta-feira 12 e deflagraram a greve a partir de terça.

Os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) tiveram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo lançando nos balanços R$ 39,15 bilhões como provisões para devedores duvidosos.

Pesquisa do Dieese revela que 97% dos acordos salariais do primeiro semestre no país contêm aumentos reais de salário, quase todos acima da proposta de 0,58% apresentada pela Fenaban na penúltima rodada de negociação, no dia 28 de agosto.

Segundo dados fornecidos pelos quatro maiores bancos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os diretores estatutários terão um reajuste de 9,7%, o que representa aumento real de 4,17%. Cada diretor do Bradesco embolsará este ano R$ 4,43 milhões. O do Santander, R$ 6,2 milhões. E o do Itaú, R$ 8,3 milhões no ano.

As principais reivindicações dos bancários

● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).

● Piso salarial de R$ 2.416,38.

● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.

● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.

● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.

● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral

● Mais segurança

● Igualdade de oportunidades.