AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS CASTIGA OS TRABALHADORES

Na quinta-feira (10/03), o governo anunciou o aumento dos combustíveis nas refinarias e distribuidoras (diesel 25%, gasolina 16%, gás de cozinha 16%), já sendo aplicado para a população na sexta-feira (11/03). Segundo o IBGE, em 2021 os combustíveis acumularam uma alta de 47% no ano, o que está penalizando a classe trabalhadora que está tendo seu poder de compra reduzido o que inviabiliza a sobrevivência de muitas pessoas que já estão em situação de precariedade ou vulnerabilidade social.

O aumento constante dos combustíveis está gerando uma crise humanitária nas periferias dos grandes centros. Em algumas capitais o botijão de gás está custando R$150,00 (cento e cinquenta reais). Algumas famílias estão voltando ao velho fogão de lenha para tentar sobreviver.

Os motoristas de aplicativo estão insatisfeitos, mesmo com a aprovação no Senado do Auxílio gasolina no valor de R$300,00 (trezentos reais). O projeto foi aprovado um dia antes do anúncio do aumento (09/03). Porém como alguns taxistas e motoristas de aplicativo criticam: “não consegue encher um tanque!”.

Alguns caminhoneiros estão “ensaiando” uma greve, tentando mobilizar via redes sociais as suas bases, embora muitos ainda descartem a realização de um movimento paredista, a insatisfação da categoria é grande, alegam que “o valor do frete não consegue acompanhar a alta do diesel”.

Em 2016, o governo Michel Temer implantou o chamado Preço de Paridade de Importação (PPI), o que foi mantido pelo governo Bolsonaro e reforçado pelo ministro da economia Paulo Guedes. O modelo foi estabelecido para romper o paradigma do controle de preços praticado pelo governo Dilma. Essa política econômica faz com que o mercado internacional regule o aumento com base na cotação do Dólar, se o barril de petróleo estiver em alta o valor praticado no Brasil será com base na moeda norte-americana.

Para a classe trabalhadora só existe uma saída: organizar a greve geral para derrubar o governo Bolsonaro, mudar a política de preços da Petrobras, retomar a capacidade produtiva do polo petrolífero do país e reverter todos os processos de privatização (principalmente os ligados a Petrobras – como a Distribuidora BR Combustível).

UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA