Ato lembra 50 anos do golpe militar e repudia violência policial
apn.org.br
Manifestantes pediam prisão de torturadores e fim da polícia militar
A noite da terça-feira (1º) foi marcada pela “descomemoração” de 50 anos do Golpe Militar no Brasil. Movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais marcharam da Candelária até a Cinelândia. Foram cerca de 800 manifestantes que denunciavam as ditaduras do passado e do presente, com palavras de ordem que pediam a desmilitarização da Polícia Militar e a prisão de torturadores do regime ditatorial.
Maria Leão, diretora do DCE da UFRJ, ressalta que devemos lutar pela memória, a verdade e a justiça de ontem e de hoje. “Como nós tivemos uma transição e não uma revolução democrática no país, a PM, as cadeias e até a legislação são da época da ditadura. É emblemático que justamente hoje, dia do golpe, as forças armadas sejam autorizadas a entrar na Favela da Maré”, ressalta Maria.
O DCE da UFRJ levou cartazes com a foto do estudante Mário Prata, morto durante a ditadura, e que hoje dá nome ao Diretório Central dos Estudantes da universidade. Algumas ruas do centro da cidade também sofrerão intervenções com cartazes colados em cima das placas, rebatizando os nomes das ruas com nome de pessoas mortas e desaparecidas durante o regime.
Fotos: Samuel Tosta /
Agência Petroleira de Notícias