As mulheres da India que trabalham em turnos podem ter problemas de fertilidade

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As mulheres que trabalham em turnos estão 80% mais propensas a ter problemas de fertilidade, advertiu um novo estudo. Investigadores do Reino Unido encontraram que o trabalho por turno também aumenta o risco de transtornos menstruais, e ainda que trabalhar só no turno da noite aumenta o risco de aborto involuntário. O trabalho em turnos que leva a privação do sono e à padrões de atividades fora do ritmo circadiano, em alguns estudos, se associam a um maior risco de perda da saúde e do bem estar.

O novo estudo realizado pelo Dr. Linden Stocker, da Universidade de Southampton, Reino Unido, indica que o trabalho por turnos se associa a um maior risco de transtornos menstruais e infertilidade. O estudo é uma meta-análise de todos os estudos sobre o tema publicados entre 1969 e janeiro de 2013. Nele se compara o impacto dos horários de trabalho em turnos (incluindo noturnos e mistos) com o das mulheres com trabalho sem turnos (horário comercial).

As conclusões foram os primeiros parâmetros dos resultados reprodutivos, incluindo a desregulação menstrual, a fertilidade e as taxas de aborto espontâneo. O estudo, que incluiu dados de 119.345 mulheres, encontrou que os turnos de trabalho (turnos alternados, tardes e noites) tiveram uma maior taxa – 33% de transtornos menstruais – em relação aos trabalhos em horários regulares, e um aumento de 80% na freqüência de infertilidade.

As mulheres que trabalham somente a noite não teriam estatisticamente maior risco de alteração menstrual ou dificuldades para conceber, mas teriam uma maior taxa de aborto involuntário: Os pesquisadores descrevem seus achados como “inusuais”, mas de acordo com outros estudos (que encontram efeitos adversos em gravides tardias). Escrevem, “nossos achados tem implicações para as mulheres que tentam engravidar, assim como para seus empregadores”.

Publicado em “Trade Union Record”, a revista quinzenal da All India Trade Union Congress.

Tradução: UC