Agências no topo dos cortes

Correio Braziliense

A determinação para cortar o ponto de 11.495 servidores em greve, em agosto, atingiu em cheio as agências reguladoras. Entre as 10 áreas com maior percentual de paralisação, oito são desse tipo de autarquia %u2014 no total, 2.420 trabalhadores delas serão afetados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a com maior contigente com descontos: 666 funcionários não irão receber pelos dias de braços cruzados.

O valor total dos descontos dos quase 11,5 mil pessoas soma R$20.668 milhões. Não estão incluídos nessa conta, no entanto, os servidores de universidades e institutos federais, que têm autonomia e cumprirão calendário de reposição de aulas. Dos 24 ministérios existentes, 16 não tiveram as atividades interrompidas e, portanto, não houve corte de ponto.

Em mais um dia de negociações com trabalhadores parados, o Ministério do Planejamento manteve a oferta de 15,8% de reajuste, divididos em três anos. Por causa do grande número de encontros agendados para ontem, as reunião com lideranças sindicais ficaram dividas entre o secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, e a secretária-adjunta, Marcela Tapajós. Pela manhã, foram recebidos representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra). Nenhuma das entidades saiu satisfeita com a proposta do governo.

À tarde, houve apresentação de proposta para os trabalhadores das carreiras de ciência e tecnologia, dos institutos de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e de Propriedade Industrial (Inpi), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que também saíram reclamando da oferta.