Multa milionária exigida pelo MPE aos metroviários de São Paulo é rejeitada pela Justiça
CSP-Conlutas
Ministério Público Estadual sugeriu que o sindicato pagasse R$ 354,4 milhões por conta das paralisações
O Ministério Público Estadual (MPE), em uma ação contestada por especialistas, pedia, na Justiça, que o Sindicato dos Metroviários pagasse incríveis R$ 354,4 milhões por conta das paralisações em junho. Porém, o juiz Carlos Aleksander Goldman, da 12º Vara Cível do Fórum Central, rejeitou o pedido.
Para o magistrado, a Justiça Comum não pode analisar a ação que julga o direito de greve da categoria. “Reconheço a incompetência absoluta deste Juízo e da Justiça Estadual Comum para presidir o feito e comando sua urgente remessa, via Cartório Distribuidor, a uma das varas da Justiça do Trabalho de São Paulo.”
O Metrô, que não é tão eficiente para determinar os prejuízos causados a população por suas diversas panes e superlotação, calcula que 7.177.932 passageiros não puderam circular pela capital paulista nos dias de greve.
Responsável pela ação, o promotor Mauricio Ribeiro Lopes julga que os prejuízos não se restringem apenas ao transporte por trilhos. Dessa forma, ele explica no texto da ação que “nos dias de greve houve interrupção do rodízio de autos na capital, acarretando além dos congestionamentos de centenas de quilômetros pela cidade, considerável desgaste emocional à população, aumento do nível de stress.”