Motoristas de ônibus da Usina Hidrelétrica de Jirau protestam por melhores salários
CUT
Em reunião realizada no último dia 15, trabalhadores recusaram proposta dos representantes das empresas
Cerca de 200 motoristas de ônibus, que transportam diariamente os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau protestaram nesta segunda-feira (28) em frente à entrada principal do canteiro de obras. Eles reivindicam aumento de 15% sobre os salários. Outra exigência é um acréscimo de R$ 112 no vale alimentação. O protesto aconteceu entre 5h e 7h (horário local).
O presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttrar), Antônio Augusto da Silva, afirma que a última reunião entre motoristas e representantes das empresas de ônibus ocorreu no dia 15 de julho e que a proposta de 8,5% de aumento foi recusada pelos trabalhadores. O vale alimentação da categoria é de R$ 368 e com o aumento subiria para R$ 480, de acordo com sindicato.
“A situação dos motoristas não é vista como prioridade, mas a manifestação de hoje (ontem) provou que se eles param, a obra também para. As reivindicações são justas e possíveis de serem atendidas. Cerca de 200 motoristas protestaram e mais de 6 mil trabalhadores chegaram atrasados para trabalhar”, disse Luizmar Oliveira das Neves, secretário geral do Sinttrar.
A manifestação desta segunda-feira durou aproximadamente duas horas e, segundo o Sinttrar, teve a participação de todos os motoristas que levam os trabalhadores ao canteiro da UHE Jirau, diariamente. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) apoia o movimento dos motoristas, disseram Josemir e Uilian diretores do
Sinttrar.
Das seis empresas que prestam serviço de transporte, duas se manifestaram dizendo desconhecer o protesto. “Estamos aguardando um posicionamento do MTE [Ministério do Trabalho e Emprego] para saber o que devemos tomar de providências. Estranho o ato, pois até onde eu sei o Sinttrar é ciente de que agora temos que aguardar a decisão”, disse José Luiz, proprietário de uma das empresas.
A assessoria da UHE Jirau não se pronunciou se houve prejuízos à rotina de trabalho dos operários por conta da manifestação.