Estudantes e trabalhadores da USP realizam trancaço nesta manhã no portão principal do campus
CSP-Conlutas
Um trancaço realizado nesta quinta-feira (7), às 5h, no portão principal da Universidade de São Paulo (USP), reuniu trabalhadores grevistas em luta e estudantes em um protesto contra os cortes de ponto e a invasão da polícia militar no campus.
Além das pautas em defesa da educação pública de qualidade e contra o processo de sucateamento que as universidades vêm sofrendo, o protesto se deu também contra a criminalização dos movimentos sociais e a repressão policial aos ativistas presos nas recentes manifestações em São Paulo, como Fábio Hideki, trabalhador da universidade e que permanece preso há quase dois meses sem provas concretas de acusação.
Em outras estaduais
Na Unesp segue sendo avaliado um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, com reajuste do vale alimentação, somando um aumento de 41,6%, mesma porcentagem conquistada na Unicamp.
Os grevistas devem fazer assembleias ainda nesta semana para discutir a greve
Corte de ponto e radicalização
Os trabalhadores receberam informes sobre o corte de ponto de trabalhadores com descontos de 2, 15 e até de 30 dias.
Com este mais novo ataque, os grevistas realizaram outro trancaço no prédio da reitoria nesta segunda-feira (4). Em protesto contra a postura da reitoria.
No primeiro dia do segundo semestre letivo, parte das aulas também foi suspensa.
Desde a manhã de hoje, os grevistas permaneceram em frente ao prédio da reitoria. A ação aconteceu mesmo após sofrerem reintegração de posse, no último domingo, confirmando assim que é dessa maneira que Zago e o governador Alckmin encaram as questões dos trabalhadores: como caso de polícia.
Chamado aos estudantes
Os funcionários da USP chamam os estudantes a se unir ao movimento grevista.
Na Unicamp
O reitor da Unicamp informou que o início do 2º semestre, na melhora das hipóteses, começará em setembro devido à greve e a ausência de lançamento das notas de muitos alunos.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP também recebeu a informação de que o reitor Tadeu ofereceu um abono salarial de 21% (referente aos quatro meses: maio, junho, julho e agosto), pois em setembro “haverá negociação”.
A Assembleia da Adunicamp (professores) aprovou a suspensão da greve até setembro.