Assembleia do Cpers decide desfiliação da CUT

Em Assembleia

que reuniu

aproximadamente

5.000 trabalhadores em educação o Cpers-sindicato em votação decide pela sua desfiliação

da CUT-Central Única dos Trabalhadores.

Após os dois últimos congressos da categoria motivado pela política de conciliação de classes operada pela CUT o sindicato que é o maior do RS com cerca de 80.000 trabalhadores na base e que repassava 1.300.000,00 de contribuição anual para a central não mais se viu representado pela mesma.

A CUT que nos anos 80 agrupou o que existia de mais combativo do sindicalismo brasileiro, não conseguiu manter-se como entidade classista na defesa do trabalho contra o capital passando a ser correia de transmissão dos governos petistas apoiando explicitamente a política social liberal na perspectiva de humanizar o capitalismo. A CUT preferiu ocupar cargos de destaque em conselhos de empresa, gerir fundos de pensão e partir para uma ação burocrática respaldando medidas no que dizia ser seu governo dos trabalhadores,

assim foi na

reforma

da previdência, na flexibilização dos direitos trabalhistas e na precarização dos

serviços públicos, medidas encaminhadas por seu governo e o bloco político que lhe dá sustentação.

A maior

Central

Sindical do país e da América Latina criou uma imensa estrutura não mais para defender a transformação da sociedade no rumo do socialismo, bandeiras que lhe deram origem, sucumbindo ao sindicalismo de resultado encampando um dito projeto desenvolvimentista que admite um papel de destaque para uma suposta burguesia nacional. Já no fim dos anos 80 a CUT abandonava a experiência dos conselhos de fábrica, a

construção pela

base de um poderoso movimento sindical que mudava suas

características

com

a

reestruturação

produtiva

do capital.

A partir dos anos 90 a CUT em clara posição defensiva ausenta-se das lutas de massa,espaço que seria ocupado pelo MST, setor que manteve importantes jornadas de luta na paulatina ausência da CUT. A assembléia do Cpers sindicato nada mais foi do que um ajuste com o passado, forças políticas que se deslocaram do interior da própria CUT, apontam para a necessidade de novos rumos para o sindicalismo.

Os caminhos da organização dos trabalhadores

demonstram-se as vezes

sinuosos no caso do Cpers,

a direção recém eleita formada pela Artisind, CTB correntes do PT como, O trabalho, Esquerda Democrática sofreram uma

emblemática

derrota para um campo formado, correntes políticas que vão desde de a CS, PSTU, CEDES,

da conlutas junto a intersindical- SOL,

construção

pela base, FAG e a Unidade Classista.

Com

exceção de forças claramente de direita como grupos, pó de giz (PSDB) e outros ditos de esquerda como PCO e Arma da Critica, se dividiram em maior tendência no apoio a CUT, pode se observar a diversidade política,

ideológica que formam esse sindicato.

A UC contando com pouco mais de 30 militantes contribuiu a partir dos dois últimos congressos para esse

desfecho ocorrido

em assembleia geral. Apontando para a necessidade de romper com a CUT e que as organizações da classe trabalhadora brasileira chame um ENCLATE na perspectiva de reunir todos aqueles setores que não se renderam ao capital e que se encontram pulverizados em varias entidade, da mesma forma apontamos que sem esse prévio passo o sindicato não faria adesão por hora a qualquer central existente, esse

consenso é aceito pelas forças vitoriosas, pelo menos por enquanto.

Ousar lutar, ousar vencer!

Unidade Classista-RS

Oneider Vargas

Fração de Educadores PCB.