Metalúrgicos da Embraer fazem novo protesto após greve
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Os trabalhadores da Embraer voltaram a protestar, nesta quarta-feira, dia 22, com um atraso de três horas na produção da matriz da fábrica, em São José dos Campos. O protesto aconteceu ao fim da greve de 24 horas iniciada ontem. A mobilização foi realizada hoje na entrada do primeiro turno da produção e do turno administrativo, que reúne cerca de 7 mil trabalhadores. Os metalúrgicos da produção, que iniciam o expediente às 6h, entraram às 9h. Já os funcionários administrativos entrariam às 7h, mas também entraram às 9h.
O próximo passo do Sindicato será procurar a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para marcar nova negociação. Na última reunião, ocorrida há duas semanas, o grupo patronal do setor aeronáutico, liderado pela Embraer, ofereceu apenas 6,6% de reajuste salarial (inflação mais 0,24% de aumento real). Os metalúrgicos reivindicam, no mínimo, 10% (3,43% de aumento real).
“Com a mobilização, os trabalhadores demonstraram indignação diante da postura intransigente da Embraer e mostraram que vão à luta por reajuste salarial maior do que o oferecido pela empresa. Os 10% estão perfeitamente dentro da realidade financeira da Embraer”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.
Nesta Campanha Salarial, os metalúrgicos de São José dos Campos e região já fecharam 30 acordos, com aumento real médio de 3,05%, para um total de 5.489 trabalhadores.
PLR
A greve também foi em protesto contra o valor rebaixado da primeira parcela da PLR 2014 (Participação nos Lucros e Resultados) paga nesta quarta-feira pela Embraer. Apesar de ser a maior empregadora metalúrgica da região e passar por um momento de vendas em alta, a empresa vai pagar a cada trabalhador um fixo de R$ 912,31 mais 12,44% sobre o salário. Os trabalhadores reivindicam que a Embraer passe a negociar a PLR diretamente com o Sindicato.
“Há anos a Embraer impõe ataques como PLR e reajuste salarial rebaixados e forte assédio moral. Nossa luta vai continuar até que a empresa apresente uma nova proposta”, afirma Herbert.