EM DEFESA DO BANCO DO BRASIL ENQUANTO PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO!

No último período, vimos um ataque orquestrado pela extrema-direita bolsonarista contra o Banco do Brasil, onde os deputados federais da horda fascista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) orientam a população a retirarem dinheiro das contas bancárias, devido a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Tal orientação é uma clara desinformação com o objetivo de desestabilizar o Banco do Brasil, junto das ações articuladas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a economia brasileira. Entendemos que, apesar de hoje economia mista, o Banco do Brasil é um patrimônio do povo brasileiro e tem sua função social diferente dos bancos privados.

Defendemos que num processo de avanço da luta rumo ao socialismo, ocorra a reestatização plena do Banco do Brasil, readequando sua função aos interesses do povo e dos bancários que produzem sua riqueza. Com isto, ao vermos a mobilização por parte do movimento sindical bancário, a partir da Contraf-CUT, entendemos que é preciso lutar sim pela defesa do Banco do Brasil, porém é preciso separar o Banco da sua atual administração.

A atual direção do Banco, indicada pelo governo Lula, enfrenta o acirramento dos interesses do Centrão, às vésperas das eleições de 2026. Nesse processo, vimos poucos avanços nas conquistas da categoria, vide a campanha salarial frustrante do ano passado e a ausência de firmar compromissos com os interesses da base bancária, já que a presidência nada avançou em pautas como o Performa, criando uma política focada na estética da pauta identitária, enquanto o assédio continua prática comum internamente e a política de inclusão com ações afirmativas fica só no discurso.

É preciso que o movimento sindical defenda o Banco do Brasil como patrimônio do povo brasileiro sem deixar de cobrar a sua atual direção para que honre os compromissos dos quais foram “firmados” com a categoria. Assimilar a instituição com a sua diretoria, como se fossem a mesma coisa, é enganar a categoria bancária, maquiando os problemas enquanto o capital internacional busca sangrar a classe. Não adianta falar de soberania enquanto se mantêm o Performa, o assédio institucionalizado e a terceirização irrestrita.

FRAÇÃO DOS BANCÁRIOS – UNIDADE CLASSISTA